Entrevista especial: Coordenador regional de implantação do PJe-JT na Décima Região

A instalação do Processo Judicial Eletrônico da Justiça do Trabalho (PJe-JT), na fase de conhecimento, nas Varas de Brasília marca o encerramento de um projeto inciado em março de 2012. O coordenador regional de implantação do sistema na Décima Região, ouvidor e vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10), desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran, avalia que a Justiça do Trabalho do Distrito Federal e do Tocantins está, nesse momento, vivenciando uma mudança cultural decorrente da eliminação de procedimentos manuais e da extinção gradativa dos processos físicos. Em uma breve entrevista especial, o magistrado fala sobre o que tem sido feito para que a conclusão da iniciativa seja bem sucedida.

O que representa, para a Justiça do Trabalho da 10ª Região, a instalação do PJe-JT no Foro de Brasília?

É importante destacar que essa instalação está sendo feita com responsabilidade e com a participação de todos os envolvidos: magistrados, servidores, advogados e membros do Ministério Público. Tivemos, recentemente, uma reunião com juízes e diretores de Secretaria para apresentar a eles todo apoio que será prestado durante esse primeiro momento. Teremos, por exemplo, uma unidade de pronto-atendimento com servidores da Secretaria de Tecnologia da Informação disponíveis para ajudar. Além disso, estamos treinando dois servidores de cada Vara para que eles possam disseminar conhecimentos sobre a ferramenta aos demais servidores de cada unidade.

A expectativa é a melhor de todas, de que vamos lograr êxito nesta etapa. É um caminho sem volta. A mudança é inevitável e temos que nos preparar para ela. Já passou da hora de implementarmos esse mecanismo em Brasília e o estamos fazendo agora com toda segurança, já que estamos com um novo Data Center funcionando. Como ouvidor, em todos os lugares que passo, só escuto falarem bem do PJe. Ninguém concebe a ideia de voltar com os processos físicos.

Como o senhor avalia a conclusão do projeto de implantação do processo eletrônico?

Havia muita resistência no início, mas, de um modo geral, o sistema já se consolidou, porque é muito mais dinâmico e mais rápido. O atendimento de balcão diminuiu e o juiz agora pode trabalhar de qualquer lugar. Enxergo isso como uma mudança cultural. As pessoas terão que se ajustar, estudar e se aprimorar. Neste início, ainda teremos processos físicos remanescentes tramitando juntamente com os processos virtuais. O que eu posso garantir é que ninguém vai sair perdendo com o PJe-JT. Os servidores que trabalham no setor de Protocolo, por exemplo, serão aproveitados para outras áreas. Esse é o nosso objetivo e o nosso compromisso.

(Bianca Nascimento)

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Notícia publicada em 25/11/2015